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Dia Mundial do Meio Ambiente



Por Wilson Acácio, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros dos Rios Preto e Paraibuna

Em 2012 a Organização das Nações Unidas (ONU), publicou os 17 "Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", com o desafio de cuidar do planeta e melhorar a vida de todos. É feito um apelo para que os objetivos sejam alcançados até em 2030. Espera-se que até lá haja água limpa e saneamento; cidades e comunidades sustentáveis;  indústria, inovação e infraestrutura; redução das desigualdades sociais etc.

Em 2015 o papa Francisco lançou a Encíclica Ecológica, "Laudato si", com o fundamento: que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, ás crianças que estão a crescer? Este interrogativo é a essência desta Encíclica. Já em 2017 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a Campanha da Fraternidade, com o tema: "Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida". A igreja católica nos alertou para se preservar o meio ambiente, em especial os biomas brasileiros. Enfatizou-se a diversidade de cada bioma, ao tempo em que se pediu para que as populações criassem relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam.

Passado este tempo da publicação destes três importantes diplomas, parece-nos que não aprendemos a lição neles contida. A cada ano que se passa constatamos piorados nos índices de poluição do ar e mudanças climáticas; atmosfera e os oceanos sobrecarregados de carbono; desmatamento; extinção de espécies; degradação do solo; superpopulação em áreas urbanas com suas inúmeras consequências.

No caso brasileiro, constatamos em diversas partes sérios problemas socioambientais em função da omissão dos poderes constituídos. Está em curso o sucateamento dos órgãos de fiscalização, como no IBAMA e ICMBio. Em 2020 30% do bioma do Pantanal foi destruído pelo fogo, gerando prejuízos ambientais, econômicos e sociais sem precedentes. Conforme dados do INPE, a área desmatada e queimada na Amazônia foi de 4,5 mil km², equivalente a três vezes a área do município de São Paulo. Atividades ilegais provocadas por garimpeiros e madeireiro naquele bioma têm deixado um passivo ambiental assustador!

Temos que nos preocupar também com o que acontece ao nosso redor. Praticamente todo o esgoto gerado nos 30 municípios inseridos na bacia hidrográfica é lançado diretamente nos cursos d’agua. Como exemplo, Juiz de Fora trata apenas 7% de seus efluentes doméstico e industrial. Com apoio do Comitê de Integração da Bacia do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP), investiremos cerca de 25 milhões de reais em obras para atenuar os problemas de poluição das águas. Investiremos também 3 milhões de reais na recuperação de nascentes e de áreas degradas nas microbacias de abastecimento humano de Juiz de Fora e na bacia hidrográfica da Represa de Chapéu D’Uvas.

Para conscientizar e sensibilização os diversos segmentos sociais da importância de se preservar o meio ambiente para a melhoria da qualidade de vida o nosso Comitê, ao lado do IEF, Prefeitura de Juiz de Fora e outras instituições públicas, empresas e ONGs promoverá, no período de 7 a 11 de junho, a 10ª Semana Integrada do Meio Ambiente, com a realização de atividades diversificadas alusivas ao tema. A programação completa pode ser encontrada no Instagram:@iefmata.

Como nos ensina Chico Xavier, "Ambiente limpo não é o que mais se limpa e sim o que menos se suja"!


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